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Vendas de utilitários esportivos já passam de 8% do mercado de automóveis

Houve aceleração das vendas dos SUVs, dobrando a participação no mercado

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De olho no mercado, Fiat lançou a Freemont


Há 10 anos, pouca gente sabia o que significava a sigla SUV (Sport Utility Vehicle, em inglês). Todos os carros de maior porte eram chamados de jipe e, às vezes, de utilitário esportivo e até mesmo de crossover. Era assim com as veteranas Pajero, da Mitsubishi; e Blazer, da GM — e, em 2003, o EcoSport. A partir daí, virou mania. E surgiram SUVs de todos os tamanhos e preços. Em 2006, o segmento representava 4,7% do total de veículos vendidos no país. De janeiro a junho deste ano, já alcança 8,1%. Em 2003, foram 41,6 mil unidades vendidas. No ano passado, 206 mil SUVs entraram nas garagens dos brasileiros. Conheça, então, as principais opções à sua mão: veja tamanhos, configurações, características específicas e entenda por que as pessoas querem um automóvel alto e, na maior parte dos casos, bom de briga no asfalto ou na lama.

Os donos da rua


Se o consumidor pesquisasse o mercado automobilístico há 10 anos, entenderia por que o segmento SUV levou tanto tempo para engrenar no país. Os modelos disponíveis eram importados, beberrões, luxuosos e muito caros. Uma realidade fora dos padrões brasileiros, claro. Tanto que o segmento representava apenas 4% do mercado.

Hoje, o panorama é outro, principalmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil. As medidas tomadas para reduzir as emissões de poluentes, as novas tecnologias presentes nos motores de alta cilindrada e a própria competitividade dos fabricantes, em um setor cada vez mais globalizado, contribuíram para a aceleração das vendas dos SUVs (em alguns casos, crossovers), dobrando a participação no mercado.

“O Brasil é um dos países mais atraentes do cenário mundial, com uma economia saudável e pulsante. Isso se reflete na população, que vem ascendendo socialmente e crescendo com o país. A renda familiar está maior, as mulheres contribuem cada vez mais com as despesas da casa e há mais crédito disponível”, explica Carlos Eugênio Dutra, diretor de Planejamento e Estratégia do Produto e Exportação da Fiat.

Somam-se a isso as agressivas campanhas de marketing dos fabricantes — principalmente os coreanos —, ressaltando as características desses jipes de luxo, como altura privilegiada, que passa a impressão de maior segurança no trânsito; o pacote completo de equipamentos, a dirigibilidade e o bom espaço interno. São pontos capazes de desbancar segmentos que passaram longos períodos sem apresentar lançamentos e novidades, como os sedãs, as station wagons e os monovolumes.

E, acima de tudo, um dos pontos que mais pesam na balança: o preço. No país, essa faixa pode variar de cerca de R$ 50 mil a R$ 180 mil. Ou bem mais que isso, se compararmos o segmento dos SUVs de alto luxo, incluindo marcas como Audi, Mercedes, BMW, Volvo, Porsche e por aí vai.

SUV x Crossover

Está cada vez mais difícil delimitar onde começa um termina outro. No começo, os utilitários eram veículos feitos sobre chassi de picape, tinham boa altura e, geralmente, porte avantajado. O design e a carroceria eram inspirados em stations, eles vinham com razoável capacidadade de carga e seus motores, potentes, com doses de esportividade. Já os crossovers, produzidos em plataformas de carros de passeio, ganharam mais de um formato de carroceria no mesmo projeto, e adaptações para se “encaixar” na categoria. A cada dia que passa os dois conceitos estão mais próximos e até no ranking de vendas feito pela Fenabrave eles dividem o mesmo espaço.