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Versão esportiva que estreou no 'Opala europeu' ressurge no exterior

Marca alemã Opel voltará a usar a denominação GSE, que surgiu nos anos 60 no similar local do Opala, em modelos de alto desempenho

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Carro-conceito que marca retorno da sigla GSe é um Opel Manta dos anos 70, com mecânica e elementos de design atualizados
Carro-conceito que marca retorno da sigla GSe é um Opel Manta dos anos 70, com mecânica e elementos de design atualizados Foto: Carro-conceito que marca retorno da sigla GSe é um Opel Manta dos anos 70, com mecânica e elementos de design atualizados

A Opel - marca alemã que até 2017 pertencia à General Motors e que, atualmente, integra o Grupo Stellantis - anunciou a volta da sigla GSe para designar carros esportivos. Em breve, essa denominação será aplicada às versões de alto desempenho dos veículos do fabricante. Porém, curiosamente, o pioneiro dessa linhagem foi o similar europeu do nosso Opala.

É que, da década de 1960 até os anos 2000, quase todos os veículos que a Chevrolet produzia no Brasil tinham origem Opel (lembra-se que, então, as duas marcas pertenciam à General Motors?). E, por sua vez, o Opala baseava-se no modelo Rekord C, com uma reestilização na dianteira e na traseira. A mecânica também era distinta: os motores de quatro e de seis cilindros tinham projeto estadunidense, e não europeu.

Opala, Rekord e Commodore: três variações do mesmo projeto

Ainda na década de 1960, a Opel lançou um derivado mais luxuoso do Rekord C, batizado de Commodore: na verdade, tratava-se do mesmíssimo modelo, só que com outro nome e com interior mais sofisticado e equipado. E adivinhe qual foi o primeiro carro da Opel a usar a sigla GSe? Sim, o Commodore, em uma versão esportiva empurrada por um motor 2.8 de seis cilindros em linha, com 150 cv de potência.

O Opel Commodore GS/E (originalmente, a grafia era um pouco diferente) chegou ao mercado europeu em 1967, cerca de um ano antes do Opala, que por sua vez teve uma versão esportiva batizada de SS, seguindo a nomenclatura que a Chevrolet adotava nos Estados Unidos. O modelo nacional também exibia um motor de seis cilindros em linha, de potência semelhante, mas de maior cilindrada: era o "famoso" 4.1.

Da injeção de combustível ao carro elétrico

Originalmente, GS/E era a sigla de Grand Sport Einspritzung: a última palavra significa "injeção" em alemão, em referência ao sistema de alimentação de combustível, que era novidade na época. Nos anos de 1980, a marca passou a adotar uma denominação um pouco diferente: GSi, que tem o mesmo significado, só que em inglês (a terceira letra refere-se ao termo injection).

O mercado brasileiro é familiarizado com a sigla GSi. Por aqui, ela se tornou célebre na década de 1990, ao designar as versões esportivas de Kadett, Vectra e Corsa: esses três modelos, aliás, também integraram a gama Opel na Europa.

Carro-conceito parecido com o Chevette?

Em sinal da mudança dos tempos, agora a sigla GSe significa Grand Sport electric e será exclusiva de veículos elétricos. Para marcar o ressurgimento dessa denominação, a Opel criou o carro-conceito Manta GSe. Esse modelo é um ElektroMod: trata-se de um veículo da década de 1970, restaurado e com a mecânica original substituída pela tecnologia elétrica.

O Manta GSe utiliza motores elétricos de 149 cv de potência e 26 kgfm de torque, mas mantém a tração traseira original. Curiosamente, o design lembra o do Chevette, que também tem origem... Opel, é claro! Esse modelo foi o segundo carro de passeio que a Chevrolet produziu no Brasil, depois justamente do Opala. É muita nostalgia em um único novo projeto!

Assista ao vídeo e veja o Opel Manta GSe ElektroMod em ação!

https://www.youtube.com/watch?v=7seM10WTdAs