De tempos em tempos, o Golf europeu ganha uma nova geração. Mas, tal como no Brasil, nem toda a gama é alvo de uma mudança completa, em especial as versões menos vendidas. Foi assim com a versão Cabriolet na década de 90, que ficou na terceira geração com apenas a plástica frontal da quarta (ainda produzida por aqui), um princípio de reforma parcial que também atingiu a configuração Variant do Golf, vendida no Brasil como Jetta Variant. A station wagon chega hoje ao Brasil com um novo estilo na dianteira, que adotou as linhas mais horizontalizadas e modernas do hatch médio.
A antiga grade com barras cromadas fazia coro com a entrada de ar em uma indiscreta moldura cromada que evidenciava o bocão. Após o facelift, a peça deu lugar a elementos mais discretos, com uma grade com barras escuras e uma entrada de ar mais angulosa no para-choque. As lanternas também foram reestilizadas, mas mantiveram o mesmo recorte, junto com o para-choque traseiro, integralmente pintado na cor da carroceria.
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O habitáculo parece ter sido completamente transplantado da nova geração de médios, com linhas ainda conservadoras, mas que contam com detalhes mais elaborados no console central, quadro de instrumentos e no volante de três raios multifuncional, que já se tornou onipresente na linha Volks, do compacto Gol ao médio-grande Passat. Da sexta geração do Golf, a station também ganhou um reforço em equipamentos na Europa, com direito ao sistema Park Assist de assistência em manobras de estacionamento. O dispositivo manobra o carro automaticamente em vagas em paralelo, restando ao motorista apenas dosar os pedais de acelerador e freio. É o mesmo sistema que já é oferecido com opcional no utilitário esportivo Tiguan.
Nada de novo sob o capô
Em mecânica, permanece o cinco cilindros em linha com 2,5 litros e 170 cv de potência e 24,5 kgfm de torque, que trabalha associado a um câmbio automático de seis marchas com opção de trocas sequenciais. Na Europa, a perua conta com uma gama mais completa de motores. São quatro opções a gasolina. O menos potente é uma versão aspirada do motor 1.4 de 80 cv, seguida por um 1.6 de 102 cv. O mesmo 1.4 está disponível em duas configurações TSI, com turbocompressor, o que eleva a sua potência para 122 cv e 160 cv, respectivamente. Há ainda dois motores turbodiesel, um 1.6 TDI de 105 cv e um top 2.0 TDI de 140 cv. O câmbio, por sua vez, passou a contar com o sistema de dupla embreagem, em duas opções manuais automatizadas com seis e sete marchas.
O preço sem opcionais baixou para R$ 83.990, cerca de R$ 5 mil a menos que antes. Talvez o desconto mude um pouco a sorte da Jetta Variant. No mercado brasileiro, o carro vendeu apenas oito unidades no mês de fevereiro, com uma média de 23 carros comercializados nos últimos três meses, bem distante do pico de vendas de 2009, quando foram emplacadas 214 peruas em janeiro.
O Jetta deverá ganhar uma nova geração ainda este ano, com desenho baseado no NCC – New Concept Coupé –, um conceito apresentado no Salão de Detroit, em janeiro deste ano. Tal como a Jetta Variant, a nova geração do médio será produzida na fábrica de Puebla, no México.