A Volkswagen nunca fez questão de dar ao Jetta as linhas fluídas e desenho cheio de vincos que invadiram o segmento dos sedãs médios. A tendência "sul-coreana" de visual ousado não chegou às pranchetas dos designers alemães. O três volumes da Volks sempre foi referência para quem curte o estilo mais tradicional e sóbrio. E para felicidade de quem não tem problema em assumir que gosta do jeito quadradão do sedã, a revelação do facelift do Jetta mostra que ainda não será dessa vez que os germânicos vão seguir a moda dos asiáticos.
O "novo" Jetta nasceu oficialmente nesta quarta-feira (16), durante os lançamentos para a imprensa no Salão de Nova York (Auto Show New York). O sedã chega primeiro ao mercado norte-americano, mas não deve demorar para desembarcar no Brasil. Isso porque, tanto o modelo da terra do Tio Sam como o brasileiro são fabricados na mesma planta da Volks no México. É provável que a montadora faça o lançamento por aqui antes mesmo do Salão de São Paulo, no final de outubro.
Horizonte
Olhando o novo Jetta de frente, nota-se que o desenho tem uma grande tendência de ser horizontal. Grade, faróis, entrada de ar e para-choque foram um conjunto de linhas retas que é quebrado apenas pelo tradicional símbolo redondo da VW. O incremento de LED de iluminação diurnas nos olhos do sedã deixou o Jetta mais sofisticado, bem próximo do visual do irmão maior, o Passat. Na traseira quase nada mudou. As lanternas ganharam um novo corte, deixando o conjunto parecido com o do primo rico, Audi A4.
Tecnologia
Se você estiver curioso para ver o interior do novo Jetta e não se satisfaz em olhar pelas fotos, basta você ir a uma concessionária da Volks mais próxima de sua casa e pedir para entrar no novo Golf. Painel, volante, instrumentos e posição dos comandos são idênticos entre os dois carros. Que fique claro que isso não é uma crítica. Se você já entrou no novo Golf vai entender que a Volks fez certo em copiar o interior do hatch no sedã.
Força
Se tinha uma coisa deixa o Jetta para trás em relação aos concorrentes é o jurássico motor 2.0 de apenas 120 cv de potência. O propulsor com mais de 20 anos de estrada deverá finalmente ser aposentado pela Volks. O 2.0 TSI será mantido na versão topo de linha e com a nova calibração chega aos 220 cv. A dúvida é sobre a motorização de entrada. Especula-se que a montadora deve (mais uma vez) copiar a fórmula do Golf. O Jetta partiria com o mesmo propulsor 1.4 TSI de 140 cv que puxa o hatch. O câmbio também deverá compartilhado. Parte do manual de seis marchas até o sofisticado DSG automatizado também de seis velocidades.