A ficha da Volkswagen demorou mais de 15 anos para cair e entrar no cobiçado segmento de SUVs compactos, inaugurado no Brasil pelo Ford EcoSport. Para participar da disputa, a montadora alemã traz agora para o mercado o T-Cross, de dimensões reduzidas, mas com boa distância entre-eixos, que garante bom espaço interno. O modelo tem motor 1.0 TSi, que será apresentado somente no fim do mês, e 1.4 TSi, que equipa a versão topo de linha, a escolhida para ser apresentada nas estradas sinuosas da região de Brumadinho. Com amplo pacote de itens de série e opcionais, o T-Cross pode chegar a R$ 124.840, preço de um SUV médio bem equipado. Confira as diferenças entre o novato do setor e seus concorrentes.
O T-Cross é mais um produto da Estratégia Modular MQB, plataforma usada também no Polo, Golf e Passat. Ela permite variações nas dimensões, e no caso do SUV compacto a distância entre-eixos é de 2,65m, o que permitiu bom aproveitamento do espaço interno. O porta-malas tem 373 litros, mas se o encosto do banco traseiro for colocado em posição mais reta, o volume sobe para 420 litros.
O design do T-Cross não é nenhum exemplo de ousadia. Segue o padrão da Volkswagen, com linhas mais retas e robustas, faróis estreitos e grade de barras paralelas. A traseira tem lanternas menores, mas com um elemento de ligação que atravessa toda a extensão da tampa do porta-malas. Desde a versão de entrada, o modelo vem equipado com rack de teto na cor preta e rodas de liga leve de 16 polegadas.
Mas a Volkswagen ainda não apresentou as versões de entrada do T-Cross, que são aquelas equipadas com o motor 200 TSI, o 1.0 turbo de 128cv, que pode trazer câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas. A expectativa é grande para saber como será a performance do SUV compacto com esse propulsor, tanto no que diz respeito ao desempenho quanto ao consumo. A VW já anunciou que o T-Cross 200 TSI será apresentado no fim do mês.
CONTEÚDO A versão de entrada 200 TSI com câmbio manual tem preço sugerido de R4 84.990, e traz entre os itens de série sistema de som Media Plus, suporte para smartphone, banco do passageiro da frente rebatível, banco traseiro com encosto rebatível bipartido, direção com assistência eelétrica e volante com ajuste de altura e distância, luz diurna de LED no farol de neblina, lanternas traseiras de LED, travamento elétrico das portas e porta-malas, seis airbags, ar-condicionado, assistente de partida em rampa, controles de tração e estabilidade, bloqueio eletrônico do diferencial, faróis de neblina com função cornering ligth, sensores de estacionamento traseiro, sistemas de fixação de cadeiras infantis Isofix e Top Tether, limpeza automática dos discos de freio, computador de bordo, vidros elétrcos com função “um toque” e volante multifuncional.
Com câmbio automático, a versão 200 TSI sobe para R$ 94.490 e acrescenta sistema de som Composition Touch com APP-Connect e tela tátil de 6,5 polegadas, saídas traseiras do ar-condicionado, controlador de velocidade, volante multifuncional revestido em couro com shift paddles e duas entradas USB para quem senta atrás. A versão 200 TSI Comfortline, com câmbio automático, custa R$ 99.990, e acrescenta alguns cromados externos, rodas de liga leve de 17 polegadas, banco do motorista com ajuste lombar, porta-luvas refrigerado, porta-malas com sistema de ajuste variável de espaço, câmera de ré, monitoramento da pressão dos pneus, sensores dianteiros e traseiros de estacionamento, sistema de frenagem automática pós-colisão e ar-condicionado com controle eletrônico de temperatura.
A versão apresentada em BH foi a Highline 250 TSI, equipada com o motor 1.4 turbo de 150cv e torque de 25,5kgfm, associado ao câmbio automático de seis velocidades, que tem preço inicial de R$ 109.990. O SUV tinha o teto pintado em preto e rack de teto com acabamento diferenciado, além de bancos revestidos em couro, iluminação ambiente em LED, multimídia VW Connect, retrovisores com rebatimento automático, sistema Kessy, botão de partida, sistema start/stop, sistema detector de fadiga e sensores de chuva e crepuscular. Para deixá-lo ainda mais completo, é possível acrescentar painel de instrumentos digital, multimídia Discover Media, comando de voz, seletor de modo de condução, assistente de estacionamento Park Assist 3.0, faróis full LED, sistema de som Beats e teto solar panorâmico, elevando o preço para R$ 124.840. Com esse valor, é possível comprar o Jeep Compass Sport 2.0, com câmbio automático, modelo de segmento superior, por R$ 113.990.
AO VOLANTE Dirigindo o T-Cross 1.4 TSI pelas estradas sinuosas da região de Brumadinho ficou fácil perceber que o SUV compacto é um carro na mão, com boa estabilidade em curvas e bom desempenho. Sobre pisos irregulares o rodar não é tão macio, mas o isolamento acústico é benfeito. Os materiais usados no acabamento interno são de boa qualidade, com predominância de plástico, e zelo na montagem. O espaço interno é generoso, mas o conforto é limitado para quatro pessoas, apesar do túnel do assoalho traseiro ser um pouco mais baixo.
CONCORRENTES Entre as principais opções do segmento de SUVs compactos, o T-Cross chega com bom conteúdo para enfrentar a concorrência. O líder do segmento é o Jeep Renegade, que tem a versão de entrada Sport 1.8 flex, de 135cv (g)/139cv (e), com câmbio manual, por R$ 79.990. Com câmbio automático de seis velocidades chega a R$ 85.990, trazendo entre os itens de série dois airbags, controle de tração e estabilidade, câmera de ré, freio de estacionamento eletrônico, auxílio de partida em rampa, luzes diurnas DRL, controlador de velocidade, rodas de liga leve, monitoramento da pressão dos pneus e sistema start/stop. Já a versão Limited 1.8 com câmbio automático custa R$ 105.990, e acrescenta sete airbags, ar-condicionado dual zone, bancos revestidos parcialmente em couro, rodas de 19 polegadas, limitador de velocidade, sensores de chuva, crepuscular e de estacionamento, sistema start/stop, monitoramento da pressão dos pneus e sistema de áudio com tela tátil de 8,4 polegadas.
Mas se o interesse for pelo T-Cross Highline 250 TSI completo, por quase R$ 125 mil, vale lembrar que o Renegade tem a versão Longitude 2.0 a diesel, de 170cv e 35,7kgfm de torque, que tem preço de R$ 127.990. Uma diferença de preço pequena para uma melhora significativa no desempenho. Outro modelo que está entre os mais vendidos do segmento é o Honda HR-V, com motor 1.8 de 139cv (e)/140cv (g) e câmbio CVT, por R$ 92.500 na versão LX. Traz freio de estacionamento elétrico, assistente de partida em rampa, controles de tração e estabilidade e controlador de velocidade. A versão EXL, por R$ 108.500, vem equipada com seis airbags, sensor crepuscular, ar-condicionado digital, multimídia de sete polegadas, bancos revestidos em couro e câmera de ré.
O Hyundai Creta, equipado com motor 1.6, tem a opção de câmbio manual (R$ 78.990) ou automático (R$ 84.490. A versão de entrada tem rodas de 16 polegadas, dois airbags, sistema start/stop e rádio com conexão Bluetooth. Mas por R$ 98.990, o Creta Sport 2.0 com câmbio automático tem rodas de 17 polegadas, bancos revestidos em couro, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, câmera de ré e multimídia com tela de sete polegadas. E vale considerar também o precursor do segmento, o Ford EcoSport, que tem preços de R$ 82.890 a R$ 108.390, com opções de motores 1.5 e 2.0 litros. Esses são os principais concorrentes que o T-Cross vai encarar no mercado.