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Vrum faz test drive no novo Kia Cerato

Sedã da Kia sobe de padrão na mesma medida que elevou o preço

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Foto:

Visual esportivo ganhou sofisticação com uso de LED nos faróis diurnos

 

Não faz muito tempo que você leu aqui no Vrum nossas primeiras impressões sobre o novo Cerato. O sedã médio da Kia foi lançado no mês passado e, na ocasião, dissemos que, apesar de ter evoluído muito, o três volumes sul-coreano tinha perdido um de seus principais atrativos: o preço bem abaixo da concorrência. Diferente do curto test drive promovido pela montadora na estreia do carro, na Bahia, agora pudemos ficar alguns dias com o modelo e avaliar com calma as mudanças trazidas na terceira geração do sedã.

Veja fotos do Kia Cerato!


O visual é, sem dúvida, o novo principal atributo do Cerato para tentar desbancar Corolla, Civic, Cruze, Fluence e companhia. O modelo da Kia, que já era interessante na geração anterior nascida em 2009, manteve o estilo esportivo e ainda conseguiu agregar sofisticação com o uso de LED no conjunto óptico. A grade no formato de asas de morcego também somou modernidade ao desenho frontal do sedã.

 

Interior tem acabamento acertado e boa entrega de equipamentos


Custo do benefício

Se no visual as mudanças foram muitas, na mecânica pouco mudou. O motor 1.6 virou bicombustível e agora desenvolve 128 cv quando abastecido com etanol (122 cv com gasolina). Associado com o eficiente câmbio automático de seis velocidades - como na unidade que avaliamos -, o conjunto mecânico do Cerato não faz você ficar para trás de nenhum dos concorrentes com motores maiores. Dentro da lentidão do trânsito da cidade, o sedã mostra muita agilidade quando o pedal direito é solicitado. O problema é que alguém tem pagar a conta por fazer um carro de 1.200 kg ser tão ágil com motor 1.6. Adivinha como isso é cobrado? Isso mesmo, no tanque de combustível. Durante os dias que testamos o sedã no Recife, apenas em circuito urbano, o computador de bordo marcou uma média de 6,2 km/l de gasolina.


Todos os controles estão na direção multifuncional


Nipo-Germânico

Bonito, ágil e não muito econômico. Mas será que o Cerato acompanha os principais concorrentes em outro atributo bastante relevante entre os consumidores de sedãs médios no Brasil, que é a tal da dirigibilidade? Quem curte carro sabe que os japoneses, assim como os alemães, são craques em fazer carros gostosos de dirigir. Os acertos dos engenheiros sempre privilegiam o motorista que gosta de ter a máquina sob controle. A Kia parece ter conseguido com o Cerato algo dentro do padrão “Nipo-Germânico” de dirigibilidade. A direção elétrica do sedã produzido na Coreia do Sul é de uma precisão comparada apenas aos modelos premium fabricados na Alemanha. A suspensão nem é esportiva (dura) nem excessivamente confortável (mole): está no meio termo ideal para nossas ruas cheias de irregularidades, como se vê nos sedãs da Toyota e da Honda. Resumindo: o novo Cerato é um dos modelos mais bem construídos pela Kia - pelo menos entre aqueles que são trazidos ao Brasil.

 

 Veja aqui mais detalhes do novo Cerato

 

Conjunto da obra
Para cobrar R$ 71.900 pela versão top de linha com câmbio automático, a Kia teve que caprichar nos equipamentos no interior do Cerato. O sedã tem ar-condicionado digital de duas zonas, computador de bordo com indicação de consumo instantâneo com barra no centro do painel de instrumentos, sensores de estacionamento traseiros e dianteiros e retrovisores que retraem quando o alarme é acionado. São detalhes que acabam justificando, de certa forma, o preço no mesmo patamar dos rivais.

 

Traseira tem desenho limpo, com destaque para as lanternas que invadem a lateral