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ESTÚDIO VRUM

Carros japoneses: marcas Honda e Toyota são premium?

Percepção de que os produtos dessas empresas são mais sofisticados que os das concorrentes corresponde à realidade?

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Toyota Corolla domina o segmento de sedans médios há vários anos
Toyota Corolla domina o segmento de sedans médios há vários anos Foto: Toyota/Divulgação

Para uma parcela significativa dos consumidores brasileiros, a reputação de um fabricante de veículos tem relação direta com o país de origem. Enquanto as marcas francesas, como Citroën e Peugeot, dividem opiniões, as japonesas, em especial Honda e Toyota, gozam de ótima fama. A aceitação no mercado é tamanha que alguns compradores classificam os produtos dessas empresas como premium.

Mas tal visão faz realmente sentido? A pauta do Estúdio VRUM desta semana é justamente essa: os jornalistas Enio Greco e Alexandre Carneiro conversam sobre o posicionamento das marcas japonesas Toyota e Honda no mercado brasileiro: lastreadas pela boa reputação, ambas praticam preços acima da média da concorrência por determinados carros. Assista ao vídeo! 

Primeiramente, cabe destacar que as japonesas Honda e Toyota não são marcas premium, uma vez que produzem carros para um público generalista. Não são fabricantes dedicadas unicamente a modelos luxuosos, como Mercedes-Benz, Jaguar ou Maserati. Tanto que as duas possuem subsidiárias específicas para esse segmento: a primeira detém e Acura, que não atua no Brasil, enquanto a segunda controla a Lexus. 

De qualquer modo, tanto a Honda quanto a Toyota trabalham uma ideia de que os próprios carros estão em um patamar superior aos de marcas como Chevrolet, Volkswagen ou Renault. Essa imagem começou a ser construída na década de 1990, quando o mercado brasileiro se abriu aos produtos importados. Nessa época, veículos asiáticos eram novidade e fizeram grande sucesso; consequentemente, dava status ter um Corolla ou um Civic, por exemplo.

Marcas Toyota e Honda trabalham com imagem dos carros japoneses

Desde então, cerca de 30 anos se passaram, mas marcas japonesas trabalhando a imagem de superioridade dos próprios carros. Além do direcionamento de marketing, ambas não comercializam veículos de entrada no Brasil. E olha que as duas fabricantes já têm tais produtos prontos no exterior: na Ásia, a Honda comercializa o Brio, e a Toyota, o Vitz. No lugar deles, preferem vender no país sedans e SUVs de maior valor agregado.

Aliás, até mesmo carros japoneses tradicionais, como o Toyota Corolla e o Honda Civic, têm uma imagem muito diferente na América do Norte. Em países como Canadá e Estados Unidos, os dois estão na base do mercado e estão entre os mais acessíveis para os consumidores locais. É um exemplo de como a percepção de valor em determinado produto pode mudar de acordo com a visão dos compradores.